terça-feira, 23 de novembro de 2010
Lendas do Rio São Francisco - Mãe D’água.
“Mãe D’água é, Mãe D’água, á.
Me leva, me leva pro fundo do rio, pro fundo do rio que lá eu quero ficar-á-á-á...”
A Mãe D’água vive no fundo do rio, lá no seu palácio encantado, e se veste com lindos vestidos da cor do céu, das águas, e cheios de estrelinhas vindas do céu e também de peixinhos do rio e outros vindo domar. Um encanto!
A Mãe D’água é linda, tem cabelos louros, que ora ficam pretos também. Seu sorriso é brilhante e sua voz divina. Seu canto é ouvido ate longas distâncias. É um canto que encanta.
No mar ela recebe o nome de Janaína, Senhora do mar, e Yemanjá. Nos rios, lagos, outros a chamam de Oxum, Oxum Apara, e aqui no Rio São Francisco nós a conhecemos como a Mãe D’água.
Sendo rainha das águas, ela vem com o seu canto conquistar homens para os seus domínios. Quem vai, não voltará jamais. Sendo uma mulher do rio, uma linda mulher e rainha, visita as lavadeiras e só com o seu sorriso e olhar poderá ajuda-las nas pesadas tarefas da lavagem de roupas.
Quem saber, algumas lavadeiras do Angary e do Mourão, roça de Yoyô me contaram muitas estórias da Mãe D’água aqui em Juazeiro. Elas me falaram que já viram a Mãe D’água diversas vezes, conversam com ela, têm momentos felizes e para agradecer as visitas, compram sabonetes, perfumes, rosas, anéis, colares, espelhos, e levam para ofertar e o fazem cantando, depositando como carinho os presentes nas águas do rio, e no memento das oferendas as ondas do rio ficam agitadas, fazem maretas mesmo, embelezando mais o Angary, o rio, o local onde ela aparece.
Os beiradeiros, ribeirinhos, homens do rio, canoeiros, barqueiros, remeiros, pescadores, paqueteiros, marinheiros e lavadeiras amam a bela Mãe D’água e têm por ela muito carinho.
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