terça-feira, 23 de novembro de 2010
Cidade de grandes artistas.
Ivete Sangalo nasceu em Juazeiro, interior da Bahia, numa família de músicos. Começou a cantar ainda criança e, no colégio, aproveitava os intervalos para tocar violão. Nos saraus familiares, encarregava-se da percussão. Veio morar em Salvador aos 17 anos, tendo trabalhado como modelo, mas não resistiu à paixão pela música que sempre foi seu sonho.
Começou, como a maioria, tocando em barzinhos e, em seguida, realizou alguns shows em cidades do interior da Bahia, chegando a apresentar-se em Pernambuco. Na cidade natal, recebeu convite para abrir o show de Geraldo Azevedo, no teatro do centro de cultura João Gilberto.
De volta à capital baiana, foi convidada a participar de uma micareta na cidade de Morro do Chapéu. Lá conheceu o produtor Jonga Cunha, fundador do Bloco Eva. Estava iniciado o reinado de Ivete na Banda Eva, com a qual lançou seis álbuns, vendendo mais de quatro milhões de cópias.
Atualmente Ivete Sangalo com a carreira solo atinge a marca de 6.500.000 discos vendidos até agora. Antes, em 1992, a artista ganhou o trófeu Dorival Caymmi de melhor intérprete. A carreira solo começou oficialmente ao final da quarta-feira de cinzas de 1999, último carnaval dela com a Banda Eva. Entre abril, maio e junho daquele ano, ela gravou as 14 faixas do CD solo de estréia, Ivete Sangalo.
Em seguida, lançou Beleza Rara, começando a turnê nacional por Salvador - ela sempre começa pela capital baiana como faz questão de frisar - no mesmo parque de exposições, onde no final de 2001 lançou o terceiro CD solo Festa.
João Gilberto nasceu em Juazeiro, BA, em 10 de junho de 1934. Ele é a síntese da Bossa Nova - voz, violão, tudo nele é único. E foi o maior influenciador de outros músicos que já apareceu na MPB - de Chico Buarque, Caetano, Gal e Gil até Ney Matogrosso.
Com seu jeito tranqüilo aliado à um trabalho que faz questão de ser impecável, por onde ele passou criou histórias pitorescas, ninguém entendia como algum artista poderia ser tão difícil quanto ele. É conhecida por todos a história do show em que ele dispensou a orquestra e exigiu que se desligasse o ar condicionado. Quem não entendeu chamou-o de maluco ou de chato. Só quem sabe o som que vem da música compreendeu.
João é o que chamamos de Mago ou de Mito. Talvez o único que carrega o som em suas entranhas - não permite distorções, não suporta mixagens ou engenheiros de som. Percebe qualquer semitom fora de lugar - perfeccionista, genial. É a nobreza verdadeira e em todos os sentidos da MPB - a alegria de podermos saber que vivemos para ouvi-lo.
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